Lourenço Teixeira Mota

Os astrónomos depararam-se com mais um fenómeno mal explicado. Em 20 de julho deste ano, o cometa 12P / Ponsa Brooks aumentou subitamente o seu brilho. O gás e a poeira emitidos tomaram a forma bizarra de uma ferradura, o que fez com que o cometa se assemelhasse à nave espacial “Millennium Falcon” do universo cinematográfico “Guerra das Estrelas”.

O cometa 12P/Ponce-Brooks é conhecido há mais de 200 anos, o seu período de órbita em torno do Sol é de pouco mais de 70 anos e, anteriormente, não atraía muita atenção dos cientistas.

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A humanidade recebeu finalmente sinais de rádio de vida inteligente vinda do espaço, é um facto documentado. O problema é que esta forma de vida somos nós próprios. Durante séculos, os astrónomos estiveram conscientes deste problema e tentaram colocar os seus observatórios e telescópios o mais longe possível da civilização, para que as actividades desta não interferissem com o seu trabalho. Mas agora os satélites comerciais começaram a sobrevoar até mesmo partes remotas do planeta, criando um problema de proporções colossais.

A vontade da SpaceX de cooperar com os cientistas não foi suficiente – mesmo após a modernização dos satélites Starlink, estes continuam a causar muitos problemas. No programa do radiotelescópio LOFAR, os astrónomos atribuíram tempo especial para analisar a radiação proveniente de um grupo de 68 satélites Starlink. E rapidamente se tornou claro que, para além dos sinais dos sistemas de comunicação, estes emitem uma quantidade impressionante de radiação proveniente da eletrónica de bordo.

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Uma missão conjunta das Agências Espaciais Europeia e Japonesa (ESA e JAXA) acaba de completar a terceira de seis órbitas planeadas de Mercúrio, transmitindo dezenas de imagens únicas para a Terra.

A nave espacial foi lançada há quase cinco anos, em outubro de 2018, para estudar a superfície de Mercúrio. A missão envolve duas naves espaciais independentes, a Bepi e a Mio, que operam em órbitas diferentes.

A imagem mais próxima da superfície de Mercúrio foi obtida a uma distância de apenas 200 quilómetros. Infelizmente, a lente captou o lado noturno e fortemente escurecido do planeta. A imagem seguinte foi obtida 12 minutos depois, a uma altitude de 1170 quilómetros.

As imagens mostram fragmentos da paisagem, incluindo crateras e a encosta de Beagle Ropes, uma faixa tectónica com 595 quilómetros de comprimento, formada durante o arrefecimento de Mercúrio. Outro objeto de estudo foi uma cratera com 217 km de diâmetro que nos pode dizer muito sobre a história inicial do planeta.

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Os engenheiros britânicos, desta vez engenheiros e não cientistas, superaram-se na criação de um novo motor miniaturizado para os satélites CubeSat. A regulamentação internacional exige que estes dispositivos sejam simples, sem fugas, de baixo consumo e sem materiais tóxicos. O peso dos CubeSats está limitado a 10 kg, mas, na prática, a maioria deles tem o tamanho de um smartphone, pelo que os seus motores são minúsculos, além de terem um abastecimento de combustível simbólico.

Um novo micropropulsor chamado ICE-Cube Thruster já recebeu aprovação da Agência Espacial Europeia. Tem menos do que o tamanho de uma unha humana e a câmara de combustão, juntamente com o bocal, tem apenas 1 mm de comprimento. O motor consome apenas 20 watts sob a forma de corrente eléctrica e gera um impulso de 1,25 milinewtons com um impulso específico de 185 segundos.

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A agência espacial japonesa JAXA lançou a sonda Smart Landing Module for Lunar Exploration (SLIM) na semana passada. Inclui um aparelho especial para estudar a superfície do satélite da Terra. É inspirado no funcionamento dos brinquedos das crianças.

O dispositivo chama-se Veículo de Excursão Lunar 2 (LEV-2). Não se trata de um veículo lunar completo, mas sim de um modelo para testar a tecnologia. Tal como outras nações que exploram o espaço, o Japão está muito mais interessado numa aterragem lunar bem sucedida. Isto abre oportunidades para mais investigação e projectos.

O fabricante de brinquedos TOMY e os cientistas da Universidade de Doshisha trabalharam no LEV-2, enquanto os engenheiros da Sony criaram os componentes electrónicos. Foi concebido como uma esfera que pode ser estendida – os dois hemisférios tornam-se como rodas ou carris, com uma carga útil no centro. O robô desloca-se de uma “perna” para outra.

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